Dayane Abreu representa o poder das mulheres através do cosplayer da heroína da DC

Foi inspirada em aspectos como a força, coragem e autonomia feminina que Dayane Abreu, de 24 anos, ingressou na vida de cosplayer da mulher-maravilha, personagem popularmente conhecida nos filmes e animações por sua bravura, o que torna a heroína amada pelo público.

Em entrevista ao nosso site, Dayane falou um pouco sobre como surgiu sua identificação com o personagem, incluindo como é se sentir uma mulher forte na sociedade e, além é claro, detalhes de seu investimento no que de fato, passou a ser um ofício em sua vida.

Ao adequar sua rotina de trabalho com a do personagem, nossa entrevistada nos contou que sua profissão de fonoaudióloga é bastante puxada. Dayane finaliza nossa conversa deixando um recado importante para os fãs da super-heroína que sonham seguir seus passos. Confira a entrevista!

Para você o que representa estar vestida com as roupas do figurino da mulher maravilha?

Quando eu coloco o cosplay, eu me sinto com uma coragem que nem eu mesma sabia que existia em mim. O personagem da mulher-maravilha é o que me fez sair da zona de conforto e buscar novas experiências e aventuras. Então, estar vestida como Mulher-Maravilha é um mix de emoções mas principalmente, coragem de ser quem você quiser ser.

Ao adaptar o seu estilo de vida no do personagem, seja de forma estética ou mesmo nos cuidados básicos com alimentação, moda e bem-estar, o que precisou ser mudado na sua rotina para uma melhor performance de adaptação do cosplay?

Na realidade, não mudei muita coisa, porém, antes da pandemia, eu conseguia ter um cuidado maior com esses aspectos. Conseguia praticar mais exercícios, ter uma rotina mais equilibrada mas com todas essas mudanças que tivemos que sofrer, a adaptação e o foco ainda não estão do jeito que eu queria. No entanto, pretendo voltar à rotina dos exercícios físicos em breve. Ainda é um grande desafio durante esse momento.

Recentemente fomos apresentados a versão do filme Liga da Justiça do Zack Snyder. Falando um pouco sobre o longa, o que de fato pra você foi marcante e diferente em relação ao último filme que foi para as telonas?

Pra mim, o mais marcante foi a luta dos fãs para que essa versão fosse lançada. Nunca tinha visto uma campanha tão grande e empenhada em trazer justiça aos atores, personagens e a história que nós tanto amamos. A versão do Zack Snyder é a oficial para mim porque não consigo considerar a versão de 2017 como legítima. Foi uma falta de respeito tão grande para todos os envolvidos na produção! Um filme completamente genérico e esquecível. Os pontos mais positivos da versão do Snyder Cut foram o desenvolvimento dos personagens do Cyborg e do Flash de maneira correta, não sendo apenas jogados no filme, como aconteceu na versão de 2017, e aquelas cenas humilhantes da mulher-maravilha sendo sexualizada (durante as cenas: 1- em que o Bruce, Barry e Diana se encontram na pista de voo e aparece um zoom na bunda da Diana; 2- Quando o Barry caiu em cima dela na batalha final, desnecessariamente.) também foram retiradas.

Por que muitas mulheres usam o nome “mulher maravilha” para se mostrarem como fortes, guerreiras. Tem uma questão de empoderamento feminino que você pode trabalhar?

Com certeza. O personagem da Mulher-Maravilha foi criado na época da segunda guerra mundial para ser um exemplo de inspiração e força feminina para as mulheres da época que não foram para a guerra e que precisavam girar a economia, indo trabalhar. Hoje, o significado já é mais evoluído. As mulheres, incluindo eu, veem a Diana como um símbolo de força, coragem e, principalmente, independência feminina. Depois que entrei nesse mundo do cosplay, isso acabou virando mais uma oportunidade de eu inspirar pequenas Dianas pelo Brasil e Mundo a seguirem seus sonhos e dizer que elas podem sim! Elas podem ser o que quiserem! <3

Ser cosplay de uma mulher que tem grande força na sociedade e referência feminina também te motiva a se sentir uma mulher maravilha no dia a dia?

Todos os dias hahhahaha. Tento sempre passar a maioria das características da Diana na minha vida pessoal e profissional, como fonoaudióloga também, porque a Mulher-Maravilha é mais que um personagem. Ela é cada atitude com gentileza, amor e justiça que a gente realiza. Ela está em tudo que é verdadeiro e feito com o coração.

Como é sua vida quando não está dedicando um tempo ao personagem; conte um pouco da sua rotina de estudos ou trabalho?!

Sou fonoaudióloga desde 2018. Trabalho a semana toda, sempre na correria, mas amo muito que faço e ver a evolução dos meus pacientes, principalmente das crianças, é tudo pra mim. O meio cosplay começou a entrar na minha vida bem recentemente, então, ainda é difícil para eu conciliar, porém, eu estou me adaptando aos poucos. Além disso, eu amo o universo audiovisual, então, sempre quando estou no meu tempo livre, eu assisto alguma série, documentário ou filme que eu esteja animada pra ver e isso faz recuperar minhas energias.

De onde surgiu a ideia de representar o personagem de forma profissional e, como foi a sensação, quando as pessoas começaram a acompanhar você em eventos, campeonatos e afins?

A ideia foi plantada em 2016 quando meus colegas da faculdade começaram a notar que eu tinha traços da Gal Gadot e que eu poderia investir nisso algum dia, porém eu não me importei muito na época. Foi em 2018/2019 que comecei a pensar em começar aos poucos o cosplay da Mulher-Maravilha e conheci muitas pessoas incríveis nesse meio que me estimularam muito a continuar. Como ainda sou nova nisso (comecei o cosplay apenas no final de 2019) e por causa da pandemia, eu só fui para CCXP 19, mas foi simplesmente incrível a sensação de estar com o cosplay e as pessoas te param para elogiar seu trabalho, tirar fotos… só quero que tudo melhore para sentir essa sensação de novo.

Como foi a CCXP2019, foi seu primeiro evento caracterizada da Super-heroína?

Um dos melhores eventos que já fui na minha vida e a melhor decisão que já tomei. Sim, foi meu primeiro evento em que fui de cosplay e me acho muito sortuda de ter sido lá essa estreia. Quando você chega perto do prédio, você já se sente diferente! Como se estivesse entrando em outro mundo. Eu, como fã da cultura geek, me senti em casa lá. Cada stand, cada cosplayer, cada atração… é realmente uma experiência sem igual. Eu fui em 2 dias do evento. Tinha comprado apenas para o Domingo, que seria o painel da Mulher-Maravilha 1984, mas como eu sabia que eu teria que ficar o dia todo dentro do painel e não conseguiria aproveitar o resto do evento, acabei comprando para Quinta-feira também. Outra decisão de ouro que tomei porque, assim, consegui participar de duas diferentes experiências do evento. Eu nem consigo colocar em palavras qual foi a sensação de tá dentro do painel. Algo totalmente surreal! Ver a Gal Gadot na minha frente, falando com tanto amor do Brasil e da sua trajetória como Diana Prince… foi épico, assim como o evento promete hahaha.

Para finalizar, qual recado você deixaria para aquelas que, igual a você, ama a mulher maravilha e sonha  algum dia poder está numa próxima edição da CCXP?

Só sigam seus instintos e vão. Eu tive que me programar em apenas 2 meses para ir e fazer o cosplay do zero porque eu esperei demais. Se organizem, chamem amigos que amam esse universo para ir junto e compartilhar essa experiência única com eles ou se não for o caso, vão sozinhos que nem eu fiz. Nunca tinha saído do Rio de Janeiro, mas eu tirei essa coragem de dentro de mim e fiz ela acontecer. Se não der certo, é um ensinamento que você leva. Se der, é uma memória magnífica que você vai levar por toda a sua vida. Sejam corajosas(os), Sejam a mulher-maravilha de vocês mesmas(os). <3

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Também fizeram parte: Affonso TavaresHeidy OruiLuca Moreira e Rayanne Melo

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