Recentemente a banda Segundo Início disponibilizou em todas as plataformas digitais o single “Camisola Rosa Choque”. A faixa foi lançada acompanhada de um clipe que está disponível no canal oficial da banda no YouTube.
Com direção de Felipe Travitzky, o vídeo conta o desenrolar deste relacionamento baseado nas cinco fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e, por fim, a aceitação que permite que a vida siga em frente. Conversamos um pouco com a banda sobre esse e mais alguns projetos, confira:
Como surgiu a ideia de representar o luto em ‘Camisola Rosa Choque’?
Paulo: Nos inspiramos nas fases do luto descritas pela psicanálise e elas foram extrapoladas no clipe para representar as fases que a maioria das pessoas atravessa quando enfrenta o término de uma relação amorosa.
Além de shows, qual planejamento para apresentar o novo álbum?
Paulo: Nós pretendemos continuar a divulgação nas redes sociais, enquanto estamos nos preparando para começar a fazer shows a partir do ano que vem.
A recém lançada faixa trouxe um significado muito grande também por ter sido lançado em pleno mês de outubro onde ocorre a campanha de combate ao câncer de mama. Essa ligação foi apenas uma coincidência, ou vocês pensaram também em um propósito de conscientização?
Paulo: Foi apenas uma feliz coincidência…
Durante a produção do projeto, vocês tiveram ajuda de Chris Gehringer e Luiz Carlos Maluly, que foi responsável por vários lançamentos no rock e na música sertaneja. Como aconteceu essa parceria entre vocês e como avaliam a reciprocidade?
Alan: “Camisola Rosa Choque” é uma música que já estava pronta e ela foi selecionada com algumas outras na mesma época do EP “Seu Amor Ainda é Tudo”. Só que essa música ficou na gaveta com outras “pré-produções” feitas pelo Professor Maluly. E o Maluly nos ajudou a selecionar as músicas a serem trabalhadas.
Uma curiosidade é que o Maluly tem uma ligação com Segundo Início muito antes da banda existir. Na década de 80 ele produziu a Terceiro Tiro, banda do meu pai Percy Ayres. No caso do Chris, mandamos a mix para o Sterling Sound e ele foi o escolhido por ser um dos “Seniors” do estúdio e ter muita experiência em estilos como o nosso.
Girando em torno de uma situação que ocorre cada vez mais na nossa sociedade, a não aceitação dos relacionamentos pelo mundo externo é algo que atinge muitos casais que acabam ficando tristes por essas situações. Essa música foi baseada em experiências reais da vida de vocês?
Paulo: Sim, ela foi baseada em situações reais vividas por mais de um integrante da banda. São situações que muitas pessoas viveram ou conhecem alguém que passou pelo mesmo e o público se identifica.
O videoclipe da música contou com participações especiais do ator Nicholas Torres e da modelo Aline Bernardes. O que levou vocês a fazerem os convites?
Alan: Baseado em experiências em produções anteriores, eu sugeri o nome do Nicholas. Eu o conheço de outros trabalhos e sabia que, além do talento extraordinário, Nicholas é um cara extremamente profissional e comprometido com o trabalho. A Aline foi indicação da produção e ela foi escolhida por ter o mesmo perfil profissional do Nicholas. Podemos dizer sem medo que foram os melhores atores que já trabalharam conosco!
Nos conte um pouco mais sobre como surgiu a banda Segundo Início.
Alan: A banda surgiu em 2008, acredito que em Abril. Eu fui indicado para o Paulo, que precisava de um guitarrista para gravar uma música. Fiz uma reunião, escutei todo o material e na hora percebi que juntando o talento dele de escrever letras com o meu de compor tínhamos grande potencial para fazer um trabalho consistente. Recusei a proposta para gravar uma musica e fiz outra proposta… a de ter uma banda. Fizemos uma demo no mesmo ano, mas no final do ano por conta de intervenções de terceiros (tanto da parte dele como da minha) terminamos a banda. E no dia 27 de abril de 2011, minutos antes da minha filha nascer, meu telefone tocou e era o Paulo… Voltamos e estamos até hoje mais fortes do que nunca e agora com o time fechado com o Allan Mello e Clay Tin.
Como vocês denominam a banda de como era em seu início para os tempos atuais?
Paulo: Cada nascer do sol é um novo começo. Não pensamos em nada, além de fazer o que acreditamos da melhor forma que pudermos, sempre visando criar algo musicalmente novo e nos reinventando a cada nova produção.
Como tem sido a recepção do público com a nova faixa e como vocês esperam que o álbum seja recebido?
Paulo: A recepção tem sido ótima! Quando as pessoas assistem o clipe, muitas se sentem representadas em cada frame. É uma história de amor que muitas pessoas viveram e elas se identificam.
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