Graduada em licenciatura em música pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Gabi Dorato é multi instrumentista (técnica vocal, piano, violoncelo e guitarra). Desde 2017 trabalha como produtora musical com shows ao vivo, criando uma experiência sonora para público unindo a gravação de backing vocals, samples de teclados e sintetizadores. Tudo isso unido a uma bateria, guitarra e vocais principais no palco.

Ficou conhecida na noite de Fortaleza como um dos principais nomes que fazem tributos a divas do pop, cover da Lady Gaga, Avril Lavigne, Dua Lipa, Lana Del Rey, Madonna entre outras grandes cantoras.

No ano de 2022 Gabi inicia seu projeto autoral com a música “Continue a Nadar” que será lançada em breve com vídeo clipe e conceito visual, a artista busca se inovar cada vez mais.

Cantora versátil que mistura pop, pop rock, emo, brasilidades e vários outros ritmos, esteve em eventos como o Festival Cores (2017), Dragão Fashion (2019) e o Baile Tropical (2022), da Caixa de Eventos, abrindo para o artista Romero Ferro. Confira a entrevista!

Você começou no Regina George Band e agora faz apresentações com o proprio nome. Porque a mudança? E o que a de diferente no RG Band para Gabi Dorato? 

A Regina George Band era uma grande convergência de estilos musicais, todos os membros tinham bagagens variadas dentro de diversas e isso agregava muito nas apresentações da banda. Os meninos tinham outros trabalhos e influências muito fortes no rock, eu era quem trazia mais a demanda e a cara do pop pra banda. Dessa forma, a medida que o pop foi ficando cada vez mais forte na banda foi natural que a transição fosse feita para um trabalho solo meu. 

A maior diferença entre a RG band e o meu trabalho atual são principalmente a presença das programações eletrônicas, samples e coisas que mudam uma banda desde a estrutura.

Fazendo covers de diversas cantoras pop. Em qual cover exige mais da sua voz e energia? voce realiza algum preparo vocal? 

Cada diva pop tem peculiaridades, me especializei em fazer estas homenagens buscando captar a essência de cada uma e misturando muito com o meu estilo trazendo uma pegada diferente pra cada tributo. Em termos de voz, dependeria muito mas acho que posso falar que Lady Gaga é a que exige mais técnica e preparo físico da minha parte.

O que podemos esperar de ‘continue a nadar’? 

Continue a nadar é um verdadeiro mergulho na minha imensidão particular, um recorte muito sincero sobre saúde mental no século 21 e sobre a devastadora síndrome de impostara que eu sofro na era das mídias sociais. Acima de tudo, Continue a Nadar é sobre olhar pra dentro, encarar a profundidade das dores da vida e sobreviver.

Você tem ume studio que leva o seu nome. Como funcionam as aulas e mentorias? 

Funcionam de forma particular e individual, tanto ensino instrumentos (canto, piano, sintetizadores) como gosto de auxiliar os meus alunos em seus projetos e objetivos como artistas. Somos muito solitários no que diz respeito a união e comunidade, então considero importante me disponibilizar para questões práticas do fazer artístico no dia a dia também.

Com graduação em literatura em música pela Universidade Estadual do Ceará, hoje você é multi instrumentista, conseguindo atingir técnicas vocais, piano, violoncelo e guitarra. Qual foi o maior gatilho que acabou a fazendo seguir pelo caminha da música? 

Eu costumo sempre dizer que eu não escolhi a música, foi ela que me escolheu. Desde cedo as minhas aptidões e interesses me direcionaram para a arte, principalmente a música então na adolescência ja comecei a fazer parte de bandas e começar os meus aprendizados tanto de conjunto quanto individuais. 

Lembro-me de quando eu fazia ensino médio e escondia dentro das apostilas de matemática e física os meus livros de teoria musical. Estudava por horas e horas, antes mesmo de entrar na faculdade e 

Operando como produtora de shows ao vivo desde 2017, esses eventos acabam a colocando atenta para várias questões tais como gravação de backing vocal, samples de teclados e sintetizadores. Como geralmente funciona o passo a passo para cada evento? 

Atualmente a produção está tão inserida na forma como trabalho ao vivo que não me vejo fazendo um show totalmente orgânico, sem a presença das gravações de backings, as automações. Tudo isso agrega muito a minha performance e me traz a liberdade de entregar mil instrumentos e vozes para a plateia. Primeiro eu produzo o show inteiro, escrevendo linha por linha instrumental, gravando cada vocal para ao final de tudo somar a execução ao vivo da minha banda, é uma experiência muito especial pra mim. 

Realizando tributos a ícones pops como Lady Gaga, Avril Lavigne, Dua Lipa, Lana Del Rey e Madonna nas noites de Fortaleza. O que mais a fez criar atração por esses estilos musicais pops e quais são suas maiores inspirações na carreira? 

O que me fez criar atração pelo pop e me fixar no estilo foi principalmente a grande identificação que eu sinto com o público que conquistei ao longo dos anos. Ver as pessoas dançarem, cantarem junto, se emocionarem e ao mesmo tempo se impressionarem com o show é algo indescritível.

Vejo casa ícone do pop como uma escola pra mim. Com a Lady Gaga aprendo o tempo todo sobre entrega e potência, com a Lana del Rey aprendo sobre escrita e estética, com a Avril Lavigne sobre o poder a da nostalgia e como isso deixa o coração das pessoas quentinho.

Na descrição do projeto “Continue a Nadar” no qual você fez estar buscando se inovar cada vez mais, quais têm sido as principais dificuldades e oportunidades de inovação que vem observando na indústria fonográfica?

A maior dificuldade é sem dúvidas tirar do papel. O lançamento de uma música autoral, principalmente para musicistas que tem um trabalho muito forte no campo dos covers, é um processo complexo e trabalhoso que envolve competências multidisciplinares e para isso conto com uma equipe incrível de produtores de vídeo, maquiadora, produtores musicais e figurinista para tornar isso tudo possível. 

Continue a Nadar foi um movimento de olhar pra dentro, de mergulhar em si e esse processo é difícil e as vezes ate doloroso, mas eu assumi esse compromisso de ser sincera acima de tudo com o meu trabalho autoral. Busquei me aproximar do meu publico através da identificação, me preocupando menos com o que vende melhor e o que chama mais atenção em termos de mercado. É uma expressão pura e singela que acredito muito no poder de tocar as pessoas por esse viés.

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*Com Luca Moreira, Letícia Cleto e Affonso Tavares