Bárbara Mattos revela detalhes do emocionante dia em que subiu no palco mundo do Rock in Rio

Ser escolhida para subir no palco mundo do Rock in Rio no meio de uma multidão de quase 120 mil pessoas, é, sem dúvidas, o sonho de qualquer pessoa que goste de música. Durante a apresentação da banda americana Green Day no festival, a fã Bárbara Mattos, de 24 anos, pôde provar um pouco dessa sensação. Ela se considera uma das maiores fãs da banda, e, para ela, esse momento vai ficar eternizado como o mais importante, pois mudou sua vida, sendo o show mais emocionante que presenciou.

No ano de 2010 Bárbara conheceu o trio californiano através da música 21guns, a partir disso então, o som deles passou a ser a trilha sonora de sua vida, inclusive para superar problemas psicológicos, e é sua inspiração até hoje.

Quanto a um álbum de preferência, é notória a dificuldade de se escolher apenas um. Ainda mais quando se fala de uma banda que possui uma discografia tão rica e repleta de sucessos, no mais ela conta qual foi o álbum mais importante que simboliza uma importante fase da sua vida. Além de ser uma grande apreciadora do estilo musical rock, Ela traz nessa entrevista diversas novidades de conteúdos sobre o seu projeto, o canal no Youtube e pagina do Insta: @musicaeliteratura. “A menina fã de Green Day” como as pessoas a chamam, é professora de inglês e compartilha assuntos sobre arte e literatura. Confira a entrevista:

Recentemente você chamou atenção do público ao ser convidada para subir ao palco de um dos maiores festivais do mundo, o Rock in Rio. Como foi dividir esse momento com o Green Day?

Foi surreal. Eu sonhei com esse momentos por mais de uma década e ainda sim não chegou perto de como realmente foi. Green Day é minha banda favorita, tenho 3 tatuagens em homenagem a banda e eles me moldaram como pessoa. Quando o Billie Joe me olhou eu entrei em alfa e quando ele me chamou pra subir no palco achei que estava sonhando. Lembro nitidamente de pular a grade com a ajuda dos seguranças da banda e subir as escadas até o palco, era uma multidão que não consigo mensurar, não conseguia ver o fim. Eu entrei no palco extremamente emocionada e com o coração a mil pois entre 120 mil pessoas ele me escolheu. E, na boa, uma ótima escolha porque eu sei que sou a maior fã da banda que eu conheço, sem dúvidas. Olhei no Billie Joe na passarela do palco e ele estava com os braços abertos pra mim, não sei explicar o que aconteceu ali, mas mudou minha vida para sempre. Eu sabia que aquele momento seria muito importante, por isso fiz o máximo pra respeitar os limites da banda entre abraços e beijos. O abraço foi apertado, eu fechei meu olho e me vi realizando o maior desejo da minha existência. Eu só consegui falar “You saved my life” e peguei o microfone com a intenção de mostrar o que um fã de verdade faz ao cantar com a maior inspiração da sua vida ao seu lado. Eu estava eufórica, não conseguia parar de pular e cantar. Foi extremamente lindo e emocionante, nunca vou me esquecer de tudo o que vivi naquela semana do show.

Não é de hoje essa sua relação de amor pelo Green Day, parece já ter começado a muito tempo. Conte um pouco como de fato tudo começou, você se considera uma fã da banda por quais motivos?

Começou em março de 2010 quando meu primo me apresentou o clipe de 21 Guns. Nunca tinha escutado nada parecido e eu me interessei pela banda instantaneamente, acho que sempre tive um pé no punk/emo e o Green Day me abriu os horizontes para os gêneros. Naquele mesmo ano eles vieram pro Rio, mas meus pais não puderam me levar por motivos financeiros e religiosos (minha mãe não gostava do meu lado emo, kkk). Depois disso, passei a ter banda como trilha sonora da minha vida e inspiração para crescer nesse mundo louco. Quando não via nenhum sentido na minha vida e me via mergulhada em problemas psicológicos era a banda que me ajudava e seguir em frente. Sem dúvidas, muito do que eu sou hoje teve uma forte influência do Green Day. Em 2017 tive a oportunidade de vê-los pessoalmente no show da Revolution Radio Tour e foi um divisor de águas, acho que eu precisava daquele show pra crescer como pessoa e ver a vida de outra maneira. Realizar um sonho desse foi muito marcante e eu fiz as mesmas coisas desse ano, fui em hotel e também peguei grade. As tatuagens são reflexos de como a música mudou minha vida e eu tenho um apego muito forte com tudo o que vivi através da banda, pelas pessoas que conheci e os momentos que passei ouvindo a discografia milhares de vezes. Nunca senti nada parecido e é um sentimento atemporal, me sinto como se tivesse 11 anos apaixonada por aquele som. Mudou minha vida e tá marcado eternamente na minha pele, acho que isso já diz muito sobre a fã que sou

O Green Day é uma banda de punk rock/Rock alternativo. O grupo é muito conhecido por produzir álbuns de extrema qualidade, entre eles são:Dookie, Warning, American idiot, Insomanic, revolution rádio, entre outros… Qual seria o álbum do Green Day mais importante na sua vida?

Essa é uma pergunta difícil, pois cada álbum simbolizou um momento da minha vida. Entretanto, não posso negar que o Insomniac revolucionou tudo que eu conheço de música. Acredito que esse álbum gerou um amadurecimento em mim ao longo dos anos e é um clássico da discografia da banda. Cada música traz uma lembrança pra mim e até hoje ouço e sinto uma felicidade sem tamanho de viver na mesma época que eles. É muito além de música, é também inspiração e estilo de vida. O insomniac significou muito essa questão de “estilo de vida”, o interesse pelo movimento punk e a influência de vida que isso me gerou.

Sobre sua pagina @musicaelit, neste você une duas paixões: a música e a literatura, gravando uma resenha em vídeos sobre esses temas. Como você seleciona os conteúdos que vão entrar em cada vídeo? Você pretende trazer novidades para o canal?

Hahahaha esse projeto vai ser meu TCC. Acho engraçado porque muitas pessoas me conheciam como a “menina fã de Green Day”, então de certa forma eu sempre soube que esse meu pé na música era além de ser uma mera fã. Quando criei o Música e Literatura era pra compartilhar o meu lado fã, postar sobre o meu sentimento sobre aqueles artistas e minha experiências em shows. Por conta do meu atual trabalho (professora de inglês) e faculdade, mal tenho tempo pra organizar e postar alguma coisa. Porém, ainda tenho alguns shows pra ir esse ano e algumas ideia de álbuns pra fazer uma resenha e livros que tem alguma relação com a música pra comentar. Sem dúvidas, principalmente depois do Rock in Rio, esse projeto vai ser algo além!

Que interessante! No que você irá tratar no TCC e como a página do Instagram entra no trabalho?

Eu pensei em fazer a análise de álbum de uma banda brasileira inicialmente, mas acredito que vou fazer uma relação da música com a literatura em geral, talvez sobre um livro que até coloquei na página. Acho que o Instagram vai entrar como forma de registro, mas eu particularmente tô deixando a página pra uma expressão de fã, não algo voltado pro lado acadêmico.

Acompanhe no Instagram: @musicaelit e Bárbara Mattos

Com Luca MoreiraLetícia Cleto e Affonso Tavares

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