Jullie fala sobre temporada no teatro e relembra marcos da carreira

Multitalentosa, a atriz, cantora, compositora e dubladora Jullie coleciona na sua extensa carreira inumeros projetos, entre eles dois álbuns e 1 EP, sendo o seu mais recente “Até o Sol”. Na televisão, participou do reality musical “The Voice Brasil”, onde se apresentou com sua música autoral “Gasolina” e acabou entrando para o time de Claudia Leitte.

Desde 2007 na dublagem, ela é conhecida pelas vozes de Tinker Bell na franquia “Disney Fadas”, Cinderela no filme de 2021 da Prime Video, Leni Loud de “The Loud House”, Chloe de “Os Padrinhos Mágicos”, Janna de “League of Legends”, D.Va de “Overwatch”, Poppy de “Trolls”, Vanessa de “Phineas e Ferb”, além da Clove em “Jogos Vorazes”, Smurfette nos filmes dos “Os Smurfs”, entre outras.

Nesse ano, ela entrou em turnê com o espetáculo musical Elas Brilham – Vozes Que Iluminam e Transformam o Mundo – Doc. Musical, que teve sua estréia em 2022 no Teatro Claro Rio e também ficou em cartaz no Teatro Claro SP. Em 2022, protagonizou o musical infantil Pimentinha – Elis Regina Para Crianças, projeto do Grandes Músicos Para Pequenos, que lhe rendeu uma indicação como Melhor Atriz em Teatro Musical Infantil no prêmio Destaques 2022 do Musical.Rio. Foi indicada como melhor atriz na sétima edição do Prêmio Bibi Ferreira por seu trabalho em Nelson Gonçalves – O Amor e o Tempo e na primeira edição do Prêmio Reverência por Constellation – Uma Viagem Musical Pelos Anos 50. Para além dos espetáculos já citados, participou de Palavras de Mulheres (peça online), da turnê de Bibi – Uma Vida em Musical, da temporada carioca de A Noviça Rebelde (sub de Maria Von Trapp), O Musical da Bossa Nova, Se Meu Apartamento Falasse, Chacrinha – O Musical, 60! Década de Arromba – Doc Musical e Tudo Por um Popstar, seu musical de estréia.

Integrou o elenco de talentos contratados pelo canal Disney Channel, tendo lançado um dueto com Joe Jonas (Jonas Brothers), versão de uma canção do filme Camp Rock 2, intitulada Eu Não Mudaria Nada Em Você (Wouldn’t Change a Thing). Confira a entrevista!

Atualmente você está em cartaz com o musical “Elas Brilham – Vozes Que Iluminam e Transformam o Mundo – Doc. Musical” que no momento está em turnê. O que tem achado de integrar o projeto e como tem sido a recepção do público?

Tem sido incrível fazer parte de um elenco de 7 protagonistas tão talentosas e diversas pra cantar e contar sobre as nossas lutas e conquistas. As histórias de todas as mulheres que representamos e enaltecemos no espetáculo renova nossa força pra continuar lutando e conquistando cada vez mais espaço, direitos. São vozes femininas muito importantes que fizeram história em diversas áreas da música, do teatro, da política, da ciência… O público feminino se identifica e se emociona com nossas histórias pessoais também. Todo mundo sai modificado, já com vontade de voltar e trazer mais gente.

Você participou de diversos espetáculos, entre eles: ‘Palavras de Mulheres’, ‘Se Meu Apartamento Falasse’, ‘Chacrinha O Musical’. Como foi a experiência de participar de tantos espetáculos diferentes? Você tem algum favorito?

Cada espetáculo tem um lugar especial no coração e um aprendizado diferente. Gostei muito de fazer “Nelson Gonçalves – O Amor e o Tempo” em comemoração ao centenário do rei do rádio. Dois atores em cena (eu e Guilherme Logullo) falando sobre amores e dores e cantando os sucessos de Nelson, que tem um repertório incrível. Foi um desafio diferente e me rendeu uma indicação como melhor atriz na sétima edição do Prêmio Bibi Ferreira. “Pimentinha – Elis Regina Para Crianças” também tem um lugar especial, pois sou apaixonada pelos projetos do Grandes Músicos Para Pequenos, que leva tanto conhecimento da música brasileira às crianças.

Jullie (Foto: Lucas Lima)

A “Noviça Rebelde” é um clássico conhecido e adorado por muitos. Quais desafios você enfrentou ao interpretar Maria Von Trapp em neste espetáculo?

Entrei como ensemble e sub eventual de Maria Von Trapp na temporada do Rio de Janeiro. Ser sub é sempre desafiador porque geralmente você não ensaia tanto quanto o elenco original e ainda tem poucas oportunidades de estar em cena, poder fazer de novo e amadurecer ainda mais. No entanto, pude ensaiar bastante com os outros atores o com o novo elenco infanto-juvenil carioca, descobrindo tudo junto com eles, o que foi bem legal e acabou criando uma conexão bacana com as crianças.

Como foi a experiência de participar de um musical online, como “Palavras de Mulheres”?

Foi diferente de tudo. Entender o espaço da tela, os enquadramentos, criar conexão com o elenco, mesmo estando distantes, entender o que eu poderia criar com o espaço que tenho, propor muita coisa, pois foi um projeto bem colaborativo… Pude conhecer pessoas incríveis com as quais eu nunca tinha trabalhado antes e aprender com as pesquisas das figuras femininas.

Quais são os desafios de trabalhar em um musical de época, como “Constellation – Uma Viagem Musical Pelos Anos 50”?

Precisamos estudar, entender o contexto histórico, a época interfere no modo de falar, de se comportar… Então estudamos para isso. Lemos matérias da época, assistimos a filmes para ajudar a compor os personagens, etc.

Jullie (Foto: Lucas Lima)

Sobre suas passagens pela televisão, um dos seus maiores ápices foi no ano de 1998, quando aos dez anos entrou para a Rede Globo e começou a participar de programas, tais como “Xuxa Park”, “Gente Inocente” e “Criança Esperança”, onde se apresentava cantando e dançando. Sente falta dessa fase da sua vida?

Não vejo como ápice, mas como um começo de um caminho de muito aprendizado. Foram minhas primeiras experiências na TV aberta nacional, onde pude ter meus primeiros contatos também com a dança e com a atuação. Foi uma fase que me agregou muito. Lembro com imenso carinho.

Atualmente você possui dois álbuns autorais lançados, sendo que “Até o Sol” foi o seu mais recente. Poderia falar um pouco mais sobre o processo de produção dele?

Até o Sol foi produzido pelo Bernardo Martins, com quem já havia gravado o EP Gasolina e o single Supernova. Comecei a compor as canções inspirada por vivências minhas e trouxe mais compositores para colaborar. Escolhi músicos com os quais eu me identificasse com a sonoridade, com suas criações. Foi tudo exatamente como imaginamos, eu e Bernardo. Ainda trouxe a arte de capa de Franco Kuster que é um grande artista e amigo. Só pessoas lindas. Foi um processo de muito amor e sensibilidade.

O ano de 2022 se tornou bem marcado por você ter protagonizado o musical infantil “Pimentinha – Elis Regina para Crianças”, projetos que lhe rendeu uma indicação como Melhor Atriz em Teatro Musical Infantil no prêmio Destaques 2022 do Musical.Rio. Como foi a experiência de estar nesse projeto e principalmente de se trabalhar com o público infantil?

Eu amei. Todo projeto do Grandes Músicos Para Pequenos além de apresentar um repertório incrível pras crianças, sempre traz mensagens importantíssimas. Em Pimentinha, a Lilica (Elis criança) luta pelos seus sonhos, enfrenta preconceitos e mostra a importância de confiar em si mesma, sendo fiel à sua própria identidade. Trabalhar para o público infantil é muito divertido, é um público muito sincero. Sempre tem alguma criança na platéia que traz um insight muito esperto ou engraçado. Amava ver nas redes os vídeos dos pequenos cantando e dançando Elis Regina em casa, umas fofuras. Sensação de missão cumprida.

Em relação à sua carreira musical, outro programa que marcou bastante foi o “The Voice Brasil”, onde escolheu apresentar a sua própria canção autoral “Gasolina” e logo foi aprovada para o time da Claudia Leitte. Como foi a experiência de trabalhar com ela durante esse período e os bastidores do programa?

Foi ótimo, principalmente porque o programa deu visibilidade à minha música, que recentemente foi regravada por Paula Fernandes em seu projeto 11:11. Nós trocamos muito mais figurinha com os diretores musicais por trás dos técnicos, mas em alguns momentos pude estar diretamente com Cláudia para discutir sobre as performances. Os bastidores são de muita espera – o que é comum em gravações, ansiedade e uma troca legal com os outros participantes e equipe.

Além de sua carreira como cantora e atriz, você também trabalhou como dubladora de personagens famosos, como Blair Waldorf em Gossip Girl e Katie em Ilha dos Desafios. De que forma você compara o trabalho de dublagem com a atuação e o canto em termos de desafios e técnica?

Um dublador é um ator com especialização em dublagem. A diferença é que na dublagem é preciso seguir os tempos, as nuances, a respiração que outro ator já colocou em cena. É um trabalho meio espelho, onde é preciso levar tudo isso pra fala, tendo uma rápida compreensão das cenas, concentração total, foco no sincronismo e nos detalhes. Dentre as personagens que mais amei fazer nos últimos anos estão a Luz Estrela da série The Boys e Poppy da animação Trolls.

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*Com Luca Moreira

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