Em parceria com Netflix, Taylor Swift lançou em dezembro o ultimo da turnê Reputation, realizado em Dallas – Texas.

A programação de 2 horas já começa com os comentários de jornalistas “13 cantores odeiam Taylor Swift” 13! O número usado muitas vezes como tatuagem falsa em seus shows. “Taylor a vítima”, “Taylor é vista pela primeira vez depois de 6 semanas”, por muito tempo Swift manteve a imagem de boa garota que evitava polemicas.

Reputation é uma resposta para todas as vezes que Taylor ficou em silencio. Não é a toa que é a sua turnê mais lucrativa e vencedora de prêmios –  iHeartRadio Music Award e People’s Choice Award. Uma estrutura com 3 palcos, para quem todos do estádio pudessem ver Taylor de perto e 8 trocas de roupa. A turnê mostrou o poder da estrela do pop.

‘Você esta pronto para isso?’

Taylor surge de preto e mostrando mais o corpo, diferente de outras turnês em que usava looks coloridos.

Rodeada de dançarinos usando estampa de cobra – preta e vermelha

“Eles dizem que eu fiz algo ruim
Então porque foi tão bom?
Nunca me diverti tanto”

A música não virou single, mas é sem dúvida uma das melhores da era Reputation, talvez a resposta de todas as mentiras em que o nome de Taylor foi citado. Apesar dos sorrisos, a música é intensa, como se Swift tivesse escrito em estado de raiva.

Durante toda sua carreira, a mídia criticou Tay por não dançar muito ou por dançar mal. Com as 3 músicas inicias, a queridinha do pop mostra ter energia para dançar e cantar, sem falar de todo o teatro durante as performances.

Conhecida por ser namoradeira e escrever musicas baseadas nos seus relacionamentos, Taylor canta ‘Style’, ‘Love Story’ e ‘You Belong With Me’ em sequencia. Três músicas sobre três caras. Quem seriam os conquistadores?

A era Reputation foi marcada por cobras após Kim Kardashian expor um vídeo em que Taylor supostamente aprova a música polemica de Kanye West, Famous.

Com uma cobra enorme fazendo parte da coreografia, Tay canta ‘Look What You Made Me Do’, a música responde vários artistas. Com várias indiretas, cobras surgem atrás de Swift, o tom raivoso volta.

O que fizeram? Mataram a antiga Taylor!

Fim de jogo!

‘End Game’ parceria com Ed Sheeron, Tay relaxa o público e se aproxima mais dos fãs.

O show é repleto de cobras, inclusive na cadeira e microfone. Taylor Swift lucrou em cima maior polemica que passou. Isso que é saber dar a volta por cima!

“Todos gostamos da sensação de encontrar algo genuíno. Como uma amizade genuína, um amor genuíno, ou alguém que nos entenda, ou alguém que seja sincero. Acho que todos procuramos isso na vida, acho que o que mais nos assusta são as coisas que ameaçam a chance de encontrar algo genuíno. Por exemplo, ter uma ma reputação, na nossa mente, pode atrapalhar sua busca por amizade, por amor, por aceitação, por gente para se enturmar, por você pensar ‘e se tiver ouvido mentiras sobre mim? Ai não vão querer me conhecer e eu não vou saber o que houve’ por isso alguns de nos, a maioria de nos, talvez todos nos, temos medo da ma reputação. Por termemos que coisas falsas, como uma fofoca, um boato, ou um apelido maldoso atrapalhe a busca por algo genuíno. Então, quando se trata desse medo e ansiedade é muito delicado, não é, Dallas?”

Depois de emocionar Dallas, Taylor vem com delicadeza. Usando um vestido colorido, a música mais suave ‘Delicate’ emociona o público que levanta as pulseiras brilhantes.

Em de um pequeno palco, as cordas levam Swift ao redor do estádio para que todos possam vê-la.

Balançando todos, inclusive as cobras, ‘Shake It Off’ tira o ar sombrio. Charlie XCX e Camila Cabello se juntam para performance.

Depois de assuar o nariz e surpreender todos por conseguir dançar e cantar estando resfriada, Taylor usa apenas voz e violão para as próximas duas músicas. Cativando as pessoas, Swift desce do palco e vai para o outro tocando em vários fãs.

Taylor homenageia Loie Fuller (1862-1928), pioneira da arte, dança e design que lutou para os artistas serem donos de suas obras.

Em cima de um esqueleto de cobra, Taylor voa pelo estádio, cantando ‘Bad Blood’, música com indiretas para Katy Perry, da qual passaram muito tempo tendo uma rixa.

“Voce devia ter dito não, devia ter ido pra casa.
Devia ter pensado duas vezes antes de botar tudo a perder”

Uma mistura da era Reputation com a era country, com um tom pesado.    

Somente com piano, Taylor canta ‘Long Live’, que se tornou single em parceria com Paula Fernandes.

“Ao cair, ela se despedaçou. Quebrou os ossos na calçada. Em que já fez desenhos com giz. Ao bater no chão. Suas roupas se desintegram. E foram sopradas pelo vento. Que levou seus amigos desleais. Quando ela olhou em volta. Sua pele tinha tinta. Formando as palavras de milhares de vozes. Ecos que ouviu enquanto dormia ‘O que você diz é errado’ ‘O que você faz não é o bastante’ ‘sua gentileza é falsa’ ‘sua dor é manipulada’. Deitada no chão. Ela sonhou com maquinas do tempo e vingança. E um amor que fosse genuíno. Não só a ideia de genuíno. Ao se levantar, foi uma subida lenta. Evitando assombrações antigas e ignorando novas tendências. Cautelosa com ligações e promessas. Sedutores, engomadinhos. E ganhar amor fácil. Quando se ergueu. Foi com uma sabedoria solitária com o oceano sombrio e cruel a altura do pescoço. Banhada em seus estilhaços. Orou em gratidão. A cada rachadura na armadura que ela achava inútil. Ao seu lado, de ombros largos. Havia um amor genuíno. Não só a ideia de genuíno. Ao se virar para ir para casa. Ela ouviu ecos de palavras novas ‘Que seu coração continue sendo partido mas nunca pela mesma mão’. E ainda mais alto ‘Sem o seu passado, você nunca teria chegado de forma tão magnifica e brutal. Por destino ou por acaso primoroso e atroz aqui’

X no telão acompanha o formato de X do palco. ‘Getway Car’ diverte e emociona. Fim do show, mais um medley para alegrar os fãs. O palco parece mais harmônico, no telão um castelo, Taylor e dançarinos estão numa fonte de água.

Um show de 2 horas, marcado com ótima coreografia, cenário que interage, mensagens que refletem sua imagem e musicas de varias fases de Taylor Swift. Reputation surpreende ate quem não é fã.

“E na morte de sua reputação. Ela sentiu-se genuinamente ativa”