Akeem Music é o nome por trás do músico brasileiro Akeem Delanhesi, que se destaca por sua carreira diversificada e influências que vão do samba ao indie rock. Depois de experiências em bandas e até mesmo de excursionar com nomes como Cartolas e Tabascos, Akeem encontrou seu caminho solo. Seu projeto musical, AKEEM Music, é uma jornada pela mente criativa de Akeem, que busca inspiração em filmes, seriados e livros para criar músicas que exploram detalhes do cotidiano. Sua música não se limita a um gênero, mas sim a uma mistura única de influências, tornando-a uma experiência sonora cativante e inovadora. Confira a entrevista:
Suas músicas têm influências que vão do samba ao indie rock. Como essas influências variadas moldaram sua abordagem musical? Há algum artista ou banda específica que te inspirou profundamente?
A música na minha vida surgiu em função de eu me maravilhar com a estética do KISS. Muito visual e teatral. Quando fui estudar música e teoria, meu professor abriu minha cabeça para não só rock, mas sim para o antigo samba brasileiro e chorinho. No qual eu me apaixonei e estudei bastante. Por isso, hoje, trago muito dessa mistura do contemporâneo com alguma raiz antiga.
Você teve uma carreira musical diversificada, incluindo experiências em bandas e até mesmo excursionando com nomes como Cartolas e Tabascos. O que o motivou a seguir o caminho solo como AKEEM Music, e quais foram os desafios e recompensas dessa transição?
Muito pelo fato de eu querer e almejar coisas que meus companheiros não queriam. Também queria uma tela em branco para me expressar como eu pensava. O bônus é ter o mundo para si e os próprios planos para criar, o que me levou para a Califórnia e para o SXSW 2021.
Muitas de suas músicas são inspiradas por filmes, seriados e livros. Pode nos contar mais sobre como essas mídias influenciam sua escrita e criação musical e de que maneira você transforma essas influências em composições?
Gosto muito de assistir muitas coisas. Falo que para o meu projeto, o filme HER de Spike Jonze foi muito importante, pois a melancolia e a solidão que o filme expressa intrinsicamente me abriram a cabeça para letras e histórias que poderia contar através da música. Sem falar nas cores e fotografia, que me guiaram para um caminho visual meio único.
Quais são seus planos e aspirações para o futuro da AKEEM Music? Há algum projeto ou colaboração dos quais você esteja particularmente empolgado?
Neste momento, penso em criar mais singles do que álbuns. Digo isso porque, para uma música, posso criar uma capa, uma campanha de lançamento, ativações e tudo mais. Sou um criador, então quanto mais telas em branco melhor. Quanto aos planos, gostaria de realizar uma turnê por Portugal.
Além da música, você também compartilha vídeos e fotos de surf, um esporte que faz parte da sua vida. O surf influencia sua criatividade e bem-estar mental, você vê uma conexão entre a natureza e sua música?
Totalmente, até porque falo que minha inspiração maior é o armando. Morei em Los Angeles e fui professor de surf por lá, em Venice. Esse momento me aproximou muito de quem eu sou. Desde criança, surfo e competi nesse esporte. Levo como terapia. Como lugar para esvaziar a cabeça e ter ideias. Tem gente que cria músicas no banho. Eu também, mas na água salgada.
Em sua jornada musical, você se considerava tímido e nunca imaginou ser um vocalista principal ou seguir um projeto solo. O que o fez superar essa timidez e dar esse salto na carreira?
Acho que a vontade de mostrar algo que toda minha vida quis. Tinha sempre muitas ideias que nunca “iam para rua” por motivos diversos. Então, acho que chegou um momento que precisei de fato dar esse passo e mostrar ao mundo minha arte.
Suas músicas abordam detalhes do dia a dia. Pode nos dar um exemplo de um desses detalhes que inspirou uma de suas músicas e como você transformou essa inspiração em melodia?
Como diria o meu amigo e ídolo, Andre Silveira dos Cartolas, essa música fala sobre relacionamentos. Acredito que tudo na vida sejam relacionamentos. Gosto de citar meu single “CATARINA,” que é um som que quase nunca tocamos ao vivo, mas tenho muito apreço por ela, pois foi uma letra que compus para minha primeira “professora” da creche. Tive um sonho e musicizei sobre nossa relação. Catarina é santa sim, cuida de menino bom, cor e cheiro de jasmim, quase nunca perde o tom.
Com Luca Moreira