Sucesso nas telinhas das emissoras e dos streaming, o ator e agora cantor Gusttavo Ohara revela nesse mês mais um passo de seu leque artístico – seu próximo investimento agora é na música, e já tem single rodando por aí em todas as plataformas musicais.
Conhecido por participar de produções como “Malhação”, “Apocalipse”, “3%” e “Hard”, além de ter contracenado com Rodrigo Lombardi em “Carcereiros”, onde revelou uma experiência surreal dentro dos sets de gravação. Além disso, Ohara fez várias publicidades como Mercado Pago, Afaya Educacional, LATAM e Odonto Company.
Atualmente Gusttavo está completando a produção de sua 2° música autoral e já revelou que pretende lançar seu novo EP futuramente e organizar shows. Confira a entrevista!
Você lançou musica autoral e se preparar para a próxima que irá para os streamings. Como definiria o seu estilo musical? O que podemos esperar neste lançamento?
Esse próximo lançamento pra mim é o mais importante, o que mais estou me dedicando e apostando em novos estilos pra essa música, na primeira eu lancei uma pop romântica, mais lenta e envolvente de ouvir. Nessa segunda música eu estou apostando algo mais animado com referências como Glória Groove, Jão, essa também será uma música pop, porém mais animada com ritmo envolvente que dá pra dançar, estou trabalhando nessa nova música desde meu primeiro lançamento.
Atualmente você está focado em crescer no cenário musical ou como ator? Em qual meio artístico você expressa sua paixão?
Os dois cenários são a paixão da minha vida, eu sou apaixonado em atuar e estar envolvido no mundo artístico, mas nós atores enfrentamos a instabilidade de saber quando vai rolar algum trabalho pra atuar, enquanto isso não acontece me dedico à música que me dá liberdade de começar e terminar até o fim. Nela eu posso iniciar por mim mesmo com meus próprios recursos, ser artista pra mim é isso, estar apaixonado em tudo que envolva arte, cantar é uma delas, eu sou apaixonado nas duas, mas a minha primeira paixão é ser ator, ser cantor veio depois, quando percebi que poderia usar isso ao meu favor enquanto nenhum outro trabalho aparecesse.
Além do seu recente trabalho musical, você já tem uma caminhada muito maior na dramaturgia. O que te atraiu para começar essa nova fase na carreira e como cada área tem se complementando no seu trabalho?
Sim, eu já fiz alguns trabalhos na dramaturgia, foram experiências emocionantes que eu viveria milhões de vezes, assim como pra alguns atores que ainda não conquistaram um espaço tão grande eu estou entre eles. A busca do conhecimento e de uma carreira sólida, o mundo artístico pra mim chegou numa fase bem confusa da minha vida, quando eu ainda tinha o Rob de fotografar, fazia muitos trabalhos como fotógrafo, e conheci pessoas que eram do meio artístico que me apresentaram esse mundo e me encantei. Larguei a fotografia e me dediquei a estudar teatro e TV e cinema, pra mim ser ator e cantor são duas coisas que complementam muito o meu crescimento, ambas tem seu valor e conhecimento, assim como o público, tem os que amam e se dedicam só a música e tem os que amam e se dedicam só a ser ator. Eu escolhi ser quem eu quiser ser, viver a minha liberdade de expressão pras duas profissões.
Recentemente cancelada pela Rede Globo, a novela “Malhação” foi porta de entrada para muitos artistas nas telinhas da emissora, quais lembranças guarda de sua estreia em Malhação?
Malhação foi meu primeiro trabalho e meu primeiro contato com as câmeras, eu lembro que fiz uma semana de participação e foram os dias mais felizes pra mim, algo ali crescia cada vez mais dentro de mim, a paixão de ver tudo que acontece, todos os cenários, preparações, o nervoso de todos e dedicação de uma produção inteira. Eu fiquei triste em saber que Malhação que foi tão importante pra uma geração inteira, tenha acabado, mas feliz que pude estar presente e fazer parte mesmo que tão pouco.

Qual é a sua opinião em relação aos chamados star talents nas novelas?
Eu acredito que o uso de Star Talents é necessário, mas não deve ser substituído 100% por quem já está dentro do meio. Como hoje o que mais bomba de “público” é a internet, o uso de influencers digitais em algumas produções audiovisuais é necessário pelo fato de levar muito público praquele determinada série/filme/novela, mas a gente não deve se limitar a isso, porque às vezes uma produção que é muito assistida não necessariamente é uma boa produção.
A gente precisa sim ter alguns star talents nas produções pra alavancar o produto, mas não substituir os atores 100% pra não ficar um produto mal feito e não ser motivo de chacota na internet. Atores são atores formados e feitos praquilo, não adianta muito uma série ser vista e não ter qualidade. Assim como uma produção de alta qualidade apenas com atores desconhecidos também pode dar muito certo, assim como são as produções espanholas. Mas é “entendível” o que as produções pensam sobre isso, faz sentido.
Outra novela que também fez grande sucesso com o público foi “Apocalipse” da RecordTV em 2018, que é bastante conhecida pela qualidade de suas produções, principalmente no segmento bíblico. Por ser tratar de um enredo ambientado em momentos históricos da humanidade, como foi a responsabilidade e os estudos para conseguir interpretar seu personagem na novela?
“Apocalipse” foi uma das melhores experiências que tive, eu nunca tinha prestado atenção tanto nas histórias da Bíblia quanto prestei enquanto participava das gravações, eu quis entender mais sobre as histórias e tudo que aconteceu na Bíblia, é emocionante ver todos ali pelo mesmo propósito, entregar algo lindo pra todas as pessoas. Minha participação foi pequena também, mas amei ter participado de uma produção tão grande como “Apocalipse”.

Além da televisão, você também participou do filme de ação “Carcereiros”, protagonizado por Rodrigo Lombardi, que baseado em uma série, chegou em 2019 aos cinemas. Como foi a experiência de gravar pela primeira vez para esse formato e quais são as principais diferenças que rolam dentro do set de filmagem quando se trata de uma produção para TV e um longa-metragem?
“Carcereiros”, sem dúvidas foi umas das experiências mais loucas que já vivi! Gravamos em São Paulo numa locação bizarra de real e eu me sentia real um detento. A energia e emoção que rolava lá dentro eram surreais, o nervoso tomou conta de mim, nunca tinha feito um trabalho tão cheio de adrenalina e ação. Foi um desafio pra mim, minutos antes da minha cena onde levo um tiro, eu estava muito nervoso e se conseguiria, mas na hora que você escuta “AÇÃO”, o nervoso vai embora e você incorpora aquele personagem como se fosse real, entreguei a cena com êxito. Gravar um longa é diferente de gravar uma novela, a preparação e intenção é diferente. Existe toda uma produção por trás de tudo, detalhe que não podem dar errado, cenas mais fechadas e mais aceleradas, foi sem dúvidas um dos meus trabalhos mais memoráveis.
Outra produção de grande destaque que também consta no seu currículo foi a série de ficção brasileira “3%” da Netflix. No enredo da produção que se ambienta em um mundo devastado pela miséria todo aquele que completar 20 anos recebe a chance de passar por uma rigorosa seleção para ascender ao Maralto, uma região próspera e acolhedora. A série explora realmente uma questão social e uma realidade que apesar de ficcional, nos faz refletir bastante sobre o mundo que vivemos. Qual é a sua opinião sobre a proposta que essa produção trouxe e como foi viver o seu personagem?
3% foi a primeira série brasileira da Netflix, eles apostaram alto numa produção de ficção, o enredo todo é lindo, tem um desfecho emocionante, minha participação na série foi na 3° temporada, gravamos em uma locação onde se passava o deserto, foi louco ter essa experiência nessa série, encantado com cada detalhe que pensaram pra essa produção, conheci pessoas maravilhosas, e tive conhecimentos totalmente diferentes de uma produção para uma novela, com certeza foi um trabalho lindo que tive o prazer de fazer parte.
Lançado há dois anos, em meio a pandemia da COVID-19, a série “Hard” chegou ao HBO e conta a história de Sofia, que vê a sua vida desmoronar quando o marido falece e ela herda uma produtora de filmes adultos quase falida. Apesar do sucesso da produção, o seu lançamento acabou sendo bem próximo do início da pandemia. Como foi a experiência dessa produção e acredita que o isolamento social e a necessidade do entretenimento nesses últimos dois anos tenham ajudado no seu desempenho?
A pandemia foi um baque pra todos, tivemos que nos remodelar e se adaptar a novos padrões, novas formas de trabalhar e continuar entregando entretenimento lembro que quando gravamos essa série era uma pequena participação de 1 dia só. Era uma cena de festa e estávamos todos com restrições rigorosas, durante todo o tempo usando máscara e álcool em gel, mas a energia de cena era a mesma. Todos estavam tomando todo cuidado devido ao distanciamento, minha cena foi uma cena bem rebelde de beijo e dança, onde eu bebia muito e depois beijava, foi meu primeiro contato com cena de beijo em frente às câmeras, o nervoso existiu, mas a cena foi linda.
Além do lançamento de sua primeira música, você já pensa em planejar o lançamento de um primeiro EP ou de shows presenciais no futuro?
A minha primeira ideia pra esse segundo lançamento seria um EP, mas eu quero testar lançamentos individuais antes de apostar em uma série de músicas ao mesmo tempo, quero que as pessoas conheçam meu estilo musical e que gostem de me ouvir. Antes de lançar um EP quero me planejar para entregar algo que surpreenda todos. Em todos os meus projetos sempre me dediquei muito, esse com certeza vai ser um que vou dar meu melhor. Sobre shows ao vivo, eu penso sim, já faço isso pra minha família que é um desafio grande, mas ainda não tive contato com o palco e com públicos ecléticos, mas seria sim uma experiência que quero viver.
Acompanhe Gusttavo Ohara no Instagram
Com Luca Moreira e Affonso Tavares