Foi desde muito cedo que Ítalo Sena se viu imerso no universo do humor, e seu pontapé inicial na carreira começou no momento em que ele decide criar pequenos vlogs para o YouTube, no entanto, sem obter o retorno esperado, o influencer de Recife revela nesta entrevista que precisou persistir ao longo de três anos, até acertar a mão com seu projeto principal, atualmente, o Tá gravando que chegou a um milhão de inscritos com apenas seis anos. A pegadinha dos atrasados no Enem rendeu ao humorista uma significativa mudança na trajetória pela internet, foram quase 10 mil inscritos em apenas dois dias do vídeo no ar. Ítalo virou meme e virou notícia na época, no portal do G1, Através da repercussão, o seu canal cresceu ainda mais em número de inscritos e também de visualizações.
O humorista nos contou ainda que antes da pandemia atuava em palcos de Stand up, revelando também o quanto esse é um trabalho intenso, bem mais que o das ruas; treinamento, tempo para escrever, e testar as piadas que vão ser usadas no evento, até tudo está 100%. Quando está atuando ele faz pegadinhas com muito bom humor pelas ruas de Recife, divertindo seus fiéis seguidores na web. Suas interações com o público é um diferencial, e de um jeito pra lá de engraçado e, sem perder o costume, chama carinhosamente seus fãs de leigos.
Ítalo pode ser visto no YouTube fazendo pegadinhas com bom humor que diverte o público, são elas: Machado 98, poderia me informar aonde fica o Dona Lindu?, Tá feio isso, falta técnica. Confira a entrevista!
Você sempre teve o sonho de ser influenciador digital, chegou a fazer vídeos que não deram certo no início, mas persistindo, chegou até onde está agora. Primeiro, quero te pedir para deixar um recado para todos os leitores que assim como você, tem esse sonho de seguir como influencer. Com isso, queria te perguntar, você acredita que as possibilidades de virar um influenciador atualmente tem sido maior do que quando você começou?
Acho que vale pra qualquer coisa que você se propõe a fazer, foi necessário persistir durante quase três anos, fazendo vários projetos que deram errados para acertar em um, então se você acredita que pode dar certo em algo, é necessário persistir. Hoje em dia o influencer praticamente virou uma profissão e existem vários ramos do influenciador, então existe sim uma possibilidade maior de viver disso.
Qual foi o vídeo do canal que mais repercutiu e qual você se arrepende de um dia ter feito ou ao menos faria melhor agora que tem bem mais experiência no ramo?
O vídeo que mais repercutiu foi a primeira pegadinha em que fingi chegar atrasado no ENEM, virei meme na internet, capa do G1, passei até no Jornal Nacional. O vídeo que me arrependo foi a terceira versão que fiz da pegadinha chegando atrasado ao Enem em natal, acabou dando uma confusão generalizada, algumas pessoas da produção da pegadinha foram presas, minha câmera ficou apreendida, hoje com certeza eu faria de uma forma diferente.
Ítalo, a pegadinha do atrasado no Enem foi um marco no começo da sua trajetória no YouTube, conta um pouquinho para a gente como foi pra você ficar conhecido por essa pegadinha e ter parado até nos jornais como suposto atrasado?
Foi muito marcante, principalmente porque já havia decidido que não ia continuar com o canal, será meu último vídeo, e também o vídeo mais desafiador pra fazer, só tinha uma tentativa pra fazer da certo, e deu. Em poucos minutos já estava na capa dos principais portais do país, foi muito divertido trollar o Brasil todo.
Nas pegadinhas de rua é preparado um roteiro e como funciona o planejamento de cada uma?
Sempre antes de inicarmos a gravação eu já saio com um roteiro de ideias, um planejamento do que iremos gravar no dia, mas muitas coisas acabam acontecendo de improviso também.
Qual pegadinha que não pode faltar no seu canal, qual é a que os inscritos mais pedem?
Sem dúvida as pegadinhas envolvendo Machado 98 e a pegadinha agradecendo desconhecidos com o dedo do meio, o pessoal pede todo vídeo.
O que você mais gosta de fazer quando não está trabalhando no canal?
Gosto de jogar no meu computador, sou viciado em jogar Call Of Duty, muita gente pede pra eu virar streamer, mas não tenho talento pra isso.
Se sente mais à vontade no Stand Up ou nas pegadinhas de rua, e como é o treinamento para os dois?
Sinto-me mais a vontade nas ruas, até pelo fato de poder gravar várias vezes ate ficar do jeito que eu quero, nos palcos você não tem essa possibilidade, o trabalho para fazer o stand up é bem mais intenso, é necessário tempo para escrever, testar as piadas, ajustar, ate deixar o texto 100% pronto para ser usado nos shows.
Durante uns anos, a profissão do influenciador digital chegou a ser bastante criticada. Muitos foram pela desvalorização de considerar um trabalho, outro pelas pessoas que não possuíam entendimento das possibilidades de negócios através do relacionamento com o público. Você já passou por esses episódios de ser desvalorizado por trabalhar com o entretenimento na internet?
Acredito que todo mundo que trabalhe com arte já passou por algum episodio de ter seu trabalhado desvalorizado. O digital influencer por ser algo novo no mercado, muita gente ainda não tem o entendimento e acaba julgando errado.
Com o comprovado sucesso de seu canal no YouTube, quais são as dicas que você poderia deixar para aqueles jovens que estão cada vez mais procurando iniciarem seus projetos nas redes sociais e quais são os principais mitos e verdades que se falam para os jovens em relação ao meio digital?
A dica que eu dou é você procurar fazer algo que você goste, sem se preocupar com fama e dinheiro, isso são coisas que vão vir naturalmente se você fizer seu trabalho com eficiência.
Mito e verdade é que não se consegue números facilmente, é preciso fazer um trabalho de engajamento junto com o público, conhecer seu público e está sempre estudando.
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Entrevista postada primeiramente no blog de Luca Moreira
Também fizeram parte: Affonso Tavares, Luca Moreira e Andrezza Barros