Se você me perguntasse isso quatro anos atrás se o M60 do Matheus Tomoto vale a pena, eu ia dizer: “Tomara que sim!”. Hoje? Eu respondo com o coração cheio: vale demais.
Naquela época, eu não conhecia ninguém que tivesse feito o programa. Mas resolvi tentar, depois de escutar de uma agência de intercâmbio um orçamento que custava quase o valor da minha casa para estudar na Austrália.
Entrei na mentoria e comecei a aplicar. Fui aceita no Winter Job na Austrália com menos de 2 meses no M60, com um projeto que tinha tudo a ver comigo: positividade corporal e representação de mulheres grandes. Trabalhei com uma doutora em jornalismo de Perth. Tivemos reuniões semanais. Foi meu primeiro estágio internacional. E ao final, ela me escreveu uma carta de recomendação que eu plastifiquei. Uma jornalista australiana com doutorado me elogiando… eu chorei, gritei!
Depois disso, uma bolsa de estudos na Universidade de Michigan (EUA). Meu pensamento: Tô virando uma jornalista internacional, ninguém me segura!
Comecei a aplicar para cursos de inglês. Três escolas me aceitaram. Fiz parte de três turmas, uma delas começava às 4h15 da manhã! Eu era a única brasileira, e todos os professores ficavam em choque: “Você acorda 4 da manhã pra estudar???”. Sim. Porque é isso que significa sonhar grande e eu adorava as aulas!
Depois veio um Summer Job na Califórnia, com um dos maiores jornalistas do estado. Ele me respondeu, se empolgou com a ideia de um projeto sobre a imagem do jornalista no Brasil e já marcou reunião. Ele mesmo disse: “Não encontramos informações sobre isso por aqui”. E aí veio aquele estalo: eu posso ser a primeira brasileira a escrever sobre esse tema. Eu posso abrir caminho.
Quando chegou a hora da primeira ligação com o mentor do projeto da Califórnia, eu entrei em modo pânico. E, deixei o Google Tradutor aberto em outra aba, porque o medo de travar no inglês era real.
Mas aí… chegou o e-mail.
Abri. E lá estava escrito: “Terrific.”
Eu gelei.
“Meu Deus, isso quer dizer terrível?”
Ele elogiou muito. Fez algumas observações (claro, sempre tem ajustes), mas o feedback foi super positivo. O professor escreveu na carta de recomendação que meu trabalho foi tão bom quanto o dos alunos de pós-graduação dele! E aquilo me deu um gás.
E como se não bastasse o Summer Job, ainda entrei em um curso de Stanford. Uma das maiores universidades do mundo. Um curso sobre linguagem, lógica e prova. E quer saber? Entendi muito bem, com legenda, velocidade ajustada, e muito vocabulário na cabeça.
Eu tenho no meu currículo cursos da National Geographic. Acho que é um dos cursos mais legais que já fiz! E acho tão bonito ter um certificado de storytelling lá.
Aliás, meu inglês evoluiu demais. Porque quando a gente começa a conquistar, a gente não quer parar.

E um dia, 12h23 da madrugada e eu estava acordada, testando a câmera do notebook para uma entrevista de Winter Job que aconteceria às 3h da manhã (pra mim) — lá na Austrália já era as 4 da tarde.
E foi uma das conversas mais interessantes da vida.
O jornalista australiano não tinha exatamente uma vaga aberta, ele até explicou que só contrata alunos da universidade onde trabalha. Mas ficou curioso com a minha mensagem, quis saber por que eu havia entrado em contato, o que eu queria e como funcionava o jornalismo no Brasil.
E a gente conversou. Por um bom tempo.
Ele queria entender minha trajetória.
Quis ouvir sobre meus projetos.
Me perguntou como era fazer jornalismo aqui.
E se preocupou comigo: “Agora preciso deixar você dormir, Regina.”
Mas o que ficou desse momento foi o reconhecimento.
Foi saber que, daquela garota que mal conseguia se apresentar em inglês na primeira entrevista, agora conseguia manter uma conversa com naturalidade, falar sobre trabalho e até deixar uma boa impressão.
São conquistas reais, intensas, que me tiraram do lugar da dúvida e me colocaram num espaço de confiança. Hoje, olho pra minha trajetória e penso: eu sou uma jornalista foda!
Porque um dia eu duvidei de mim, e o M60 me mostrou que eu posso ir muito mais longe do que imaginei.
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