O trio Rev Beats está pronto para levar os ouvintes a uma viagem musical noturna com o seu mais recente single, “Lua e Mar”. A música, que combina elementos do trap e do funk, oferece uma atmosfera de aventura e descontração, perfeita para a cena noturna. Este lançamento é apenas um vislumbre do que está por vir no EP de estreia do grupo.
Rev Beats é composto por Pedro Duque, Rodrigo Duque (conhecido como “calli.”), e Raphael Dieguez (também conhecido como “Moitz.”), e eles trazem uma rica mistura de influências musicais para o projeto, que inclui desde trap e funk até pop e pop rock. Esta diversidade fica evidente nas faixas autorais do EP da Rev Beats, que promete explorar novos territórios criativos.
Com “Lua e Mar”, o trio captura a essência da vida noturna carioca, proporcionando uma experiência sonora que combina perfeitamente com a cena noturna da cidade. O EP completo está a caminho, mas até lá, você pode conferir os singles já lançados, como “Tudo Tem Sua Hora”, “Te Procurar” e “Viver em Paz”.
“Lua e Mar” é uma música que combina influências do trap e do funk, e parece capturar a essência da vida noturna carioca. Como vocês conseguiram fundir esses estilos de maneira tão única?
O trap e o funk não são estilos muito um longe do outro, então é só encaixar algumas batidas do funk dentro do beat. Ele foi pensado para ter uma vibe latina, tropical e quente, dando uma vibe brasileira à música.
O visualizer do single apresenta um ritual de enrolar um cigarro, criando uma atmosfera específica. Como o conceito visual se relaciona com a música?
Bom, a música fala sobre sair a noite, coisa que a gente curte bastante fazer, e muitas vezes, pra alguns de nós, sair a noite significa enrolar vários cigarros hahaha. Além disso, a música traz umas referências disso, como “o green quando acaba me machuca muito mais” e “namorar jogando muita fumaça pro ar”.
O Rev Beats é composto por três talentosos compositores. Como é o processo criativo quando vocês trabalham juntos para criar uma nova música?
Ótima pergunta! Nosso processo criativo é bem fluido: Todos nós fazemos beats, então às vezes a gente pode reutilizar um beat de um de nós e escrever algo em cima dele. Teve uma época, também, que construíamos os beats juntos, o que demorava um pouco mais. Mas, na maioria das vezes, temos preferido deixar o beat a cargo do calli., nosso mago dos beats (chamamos ele carinhosamente de Fluminho, como o produtor e artista Flume). Já as letras, tendemos a revezar Pedro e Moitz., geralmente um dando pitaco na letra do outro. Ultimamente, Pedro e Moitz. têm dividido os versos das músicas nas composições.
Já lançaram alguns singles antes desse EP de estreia. O que os fãs podem esperar do EP em termos de som e temas abordados?
Na verdade, estamos pra lançar o último single do EP. Então, o EP vai ser composto de todos os singles que a gente já lançou, mais o próximo. Acho que em termos de som, esse EP significa uma etapa de mudança da Rev Beats, em que nossos processos de composição e produção se tornaram mais fluidos, e faz uma conexão do nosso “eu musical do passado” com o lugar onde a gente quer chegar. Em questão de temas, a gente sempre escreve sobre o que a gente sente, de certa forma, mesmo que o processo de escrita seja um pouco mecânico. Assim, a gente sempre teve uma tendência a escrever sobre relações e amor, mas atualmente estamos tentando escrever sobre outros aspectos da nossa vida e Lua e Mar é um exemplo disso.
A letra de “Lua e Mar” descreve momentos de curtição, aventura e noitadas com os amigos. Vocês se inspiram em experiências pessoais ao criar músicas como essa?
De certa forma, sim. Mas há sempre o elemento da fantasia, possíveis metáforas e exageros. Não é pra levar ao pé da letra, mas alguns de nós até gostam de rolés mais “agitado”.
Quais são suas maiores influências musicais ao criar suas faixas? Elas mudaram ao longo do tempo?
Sim, nossas influências mudaram e acredito que ainda vão mudar mais ao longo do tempo. Nós somos muito ecléticos. Uma das nossas influências antigas, que ainda nos influenciam de certa forma, é Pink Floyd, por exemplo. Nossas influências mais gerais são Flume, Daft Punk, Major Lazer, Tropkillaz e ultimamente temos ouvido alguns artistas de trap, como Veigh e WIU.
O EP de estreia do Rev Beats promete explorar novas direções criativas. Pode nos dar uma prévia de algumas dessas direções e como vocês estão experimentando com diferentes estilos musicais?
Algumas das músicas são bem antigas, como Tudo Tem Sua Hora e Tua Voz, que é o próximo lançamento. Tudo Tem Sua Hora tem um pouco de influência de pop rock, algo que a gente já estava acostumado a fazer, mas com um beat bem mais presente e um piano, que da uma pitada de pop mais “classudo”. Já Tua Voz, é uma música bem “fofinha”, na letra e na sonoridade, em que a gente experimentou o elemento das vozes cortadas e sons mais peculiares. Em Viver em Paz, entramos numa vibe meio lo-fi beats; em Lua e Mar, nos aventuramos no trap e em Te Procurar, algo bem simples, explorando o “silêncio” da música, e ao mesmo tempo, algo muito radiofônico. E assim o EP da Rev Beats pode ser chamado de uma grande mistura.
A música muitas vezes é uma forma de expressar emoções e experiências pessoais. Vocês têm uma música do EP de estreia que é especialmente significativa para cada um de vocês pessoalmente? Se sim, por que essa música é tão especial?
Pedro Duque: Fico entre Te Procurar e Viver em Paz. Ambas retratam sentimentos que eu me identifico e concordo bastante; Te Procurar porque eu gosto muito do sentimento que a música emana e de como a gente conseguiu sintetiza-lo na letra e Viver em Paz pelo conceito que foi trabalhado entre a sua inspiração, letra e beat. Eu também adoro Tudo Tem Sua Hora. Particularmente sou muito orgulhoso dessa música!
Moitz.: Tudo Tem Sua Hora é uma música especial pois foi uma das primeiras que compomos nesse formato com os 3 produzindo juntos, ao mesmo tempo em que íamos gravando as ideias dentro do computador. A letra também tem um sentido especial, e foi escrita em um momento especial. Também foi a primeira música em que tivemos a oportunidade de gravar um videoclipe com uma equipe profissional.
calli.: Viver em Paz. Difícil pôr em palavras o motivo de Viver em Paz ser a minha favorita. Além de ter sido feita em um período bem conturbado e diferente na pandemia, tive parte em uma das coisas que mais gosto de fazer no meio da produção, que foi de adicionar elementos e brincadeiras para de fato finalizar a música e garantir que está tudo certo e completo. Gostei muito do resultado final, é a que mais me identifico.Como compositores e músicos, vocês evoluíram ao longo do tempo. Quais são as maiores mudanças ou aprendizados que cada um de vocês experimentou em sua jornada musical até agora?
Pedro Duque: São tantas e eu sei que ainda virão muitas. Risos. Sobre música, a gente tá sempre aprendendo. O aprendizado nunca acaba. Mas sobre o resto, acho que o mais importante é não parar. Não se pode parar, independente do artista, do estilo de música ou qualquer outra coisa. E se é de música que você quer viver, foca na música. Não dá pra viver de música pela metade.Moitz.: Na minha primeira banda, comecei tocando baixo e então virei baixista e vocalista. Durante mais de 10 anos toquei baixo em todas as bandas que fiz parte, e agora passei a tocar guitarra em todos os projetos dos quais faço parte. Esses são apenas alguns exemplos de tantas coisas que mudaram ao longo dos anos e que continuam mudando. Acho que o mais importante é aceitar os desafios e dar o seu máximo para alcançar os objetivos e realizar as coisas que você se propõe a realizar. Mas também é importante estar aberto a novidades e antenado no que tem acontecido de novo por aí.Calli.: Além das aprendizagens e desenvolvimento das produções dos beats e mixagens, o que mais tenho orgulho de ter ganhado experiência foi de trabalhar com outros artistas, aprendido como gravar, lidar, e conduzir sessões de estúdio, graças a oportunidades recentes às quais sou muito grato. Ao mesmo tempo sei que tem muita e muita coisa a aprender e viver ainda e mal posso esperar para viver isso.
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*Com Luca Moreira